Seleção brasileira é bronze no Pan de Hóquei no Gelo

Brasil celebra triunfo contra a Argentina B (Germán García/Imagendeportiva.net)

Conquistar a primeira vitória já era um feito e tanto. O segundo triunfo, de goleada, ninguém esperava. Eis que, no domingo, na última partida do Pan-americano de Hóquei no Gelo, a seleção brasileira mostrou que os triunfos não foram obras do acaso. Com mais um passeio sobre a Argentina, o Brasil conquistou a medalha de bronze na segunda edição da competição.

Os jogadores brasileiros venceram o time A da Argentina por 6 a 1 na partida realizada no início da tarde deste domingo. Ainda não tenho a súmula e estatísticas oficiais, mas com três vitórias e duas derrotas, a equipe nacional chega aos nove pontos e não pode mais ser alcançado pelos dois times argentinos e pelo México sub-17. 

A campanha é totalmente diferente da registrada no ano passado. Na ocasião, sem apoio e sem preparação adequada, o Brasil ficou na última colocação com quatro derrotas. Agora, o desempenho surpreendente reforça a tese de que a modalidade pode crescer e se multiplicar no país com um pouco de apoio e investimento. 

Neste ano, por exemplo, houve uma convocação organizada pela CBDG, a definição de uma comissão técnica e a realização de clínicas e treinos na Cidade do México, incluindo um jogo-treino contra os colombianos, segunda força do hóquei na América Latina (atrás apenas do México). Assim, os melhores atletas do país puderam se preparar de forma adequada e pensar apenas dentro do gelo. A medalha de bronze é fruto dessa organização. 

Em cinco partidas, a seleção brasileira de hóquei no gelo conseguiu vencer o México sub-17, que disputou o Mundial do esporte na faixa etária, por 5 a 2, passou pela Argentina B por 7 a 0 e pelo time principal dos hermanos por 6 a 1. As únicas derrotas foram para a Colômbia, por 3 a 0, e para o México por 11 a 1 no sábado à noite (e olhe que o Brasil vencia por 1 a 0 nos primeiros cinco minutos de jogo!). Entretanto, como reforcei aqui, as seleções do México e da Colômbia estão em outro nível em relação aos brasileiros e argentinos.

Com a medalha de bronze no peito e a sensação enorme de missão cumprida, a meta da modalidade, agora, é mostrar à CBDG e, principalmente, à iniciativa privada de que é possível para o Brasil chegar a um outro patamar no hóquei no gelo. Como eles mostraram na segunda edição do Pan-americano, basta um pouco de vontade e trabalho sério. 

Feminino

Quem também se despediu do Pan-americano de Hóquei no Gelo foi a equipe feminina do combinado Brasil/México. O time enfrentou as colombianas e perdeu por 5 a 1 na tarde deste domingo. As meninas despedem-se com quatro derrotas e a última colocação da competição. 

Nos números a campanha pode ser ruim, mas sempre é bom lembrar que este é apenas o primeiro passo do hóquei no gelo feminino aqui no Brasil. Com a cara e com a coragem, cinco jogadoras do país embarcaram para a Cidade do México e resolveram participar ao lado de atletas mexicanas. O objetivo, portanto, não era o resultado em si, e sim a possibilidade de abrir portas no futuro. 

Até porque, como você viu acima, no ano passado a equipe masculina brasileira também perdeu todos os jogos que fez e hoje conquistou uma importante medalha de bronze. Quem sabe em 2016 não teremos equipes masculina e feminina na terceira edição do Pan? Em tempo, vale ressaltar as guerreiras do Brasil que participaram do torneio: Aline Carvalho, Ana Carolina Boghossian, Andressa Ravanello, Paula Kampers de Araujo e Sonia Casonova. Estão de parabéns, meninas!

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