Lendas do Inverno #9 - Elana Meyers Taylor

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Elana Meyers Taylor é uma atleta nata. Enquanto cursava Administração Esportiva na Universidade George Washington, ela era uma das principais jogadoras universitárias de softball. Em 2014, quando já era medalhista olímpica de inverno, fez parte e jogou pela equipe norte-americana de Rugby Sevens no campeonato mundial. 

Mas foi no bobsled que a atleta dos Estados Unidos escreveu seu nome no mundo esportivo. Ela entrou para a equipe norte-americana em 2007 e, dez anos depois, acumula duas medalhas olímpicas (bronze em 2010 e prata em 2014), vitórias em Copas do Mundo e quatro títulos mundiais de bobsled - sendo dois na disputa feminina em 2015 e 2017. 

Aos 33 anos, a atleta natural de Oceanside, na Califórnia, e criada em Dougsville, Geórgia, espera dar o passo que ainda falta em sua carreira: a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Inverno. Elana Meyers Taylor concedeu uma entrevista EXCLUSIVA à seção "Lendas do Inverno" do Brasil Zero Grau. Confira: 

Quais são os seus objetivos na temporada? Como está sendo a preparação para a temporada olímpica?
O principal objetivo, claro, é ganhar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos e aproveitar ao máximo a temporada. A preparação foi boa. Esse último verão foi muito agitado, mas eu estou saudável, forte e rápida, então espero ver o que posso fazer ao longo das competições no gelo. 

Você praticou softball na adolescência e fez parte da seleção norte-americano de Rugby Sevens em 2014. Como essa experiência em outros esportes a ajuda com o bobsled? 
Eu penso que todo esporte proporciona uma perspectiva única sobre sua própria modalidade. Como softball e rugby são esportes coletivos, eles reforçam o trabalho em equipe, permitindo que os times funcionem bem. Eles também me ensinaram ler e prever todas as situações, o que é fundamental no bobsled. No softball, por exemplo, você tem que ler os sinais que estão ao seu redor para saber que tipo de arremesso virá até você e, assim, poder reagir em questão de segundos. No rugby, você precisa entender os outros jogadores para prever onde a bola será jogada na sequência. Esportes têm a ver com previsão e reação, ambos usados e aperfeiçoados no softball e rugby, e que eu transferi para o bobsled.

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Você conquistou o bronze em 2010 e a prata em 2014, já como pilota. Como você se preparou nesses anos para ganhar a medalha de ouro em PyeongChang?
Eu aprendi muito desde os Jogos de Sochi e eu realmente tentei melhorar ainda mais minha pilotagem. Eu não ganhei o ouro em Sochi porque não pilotei bem. Desde então, tenho aprendido como ler as pistas melhor e entender na minha pilotagem que a voz dentro da minha cabeça seja a minha! Me tornei uma atleta melhor graças às minhas falhas passadas! 

Você é uma das pioneiras no trenó misto. Você planeja competir em um trenó misto na Copa do Mundo de Bobsled ou até mesmo nos Jogos Olímpicos? Por quê?
Na Copa do Mundo sem dúvida, mas não nos Jogos Olímpicos. Para se classificar nos Jogos Olímpicos no trenó misto, eu teria que ficar muito tempo longo da disputa feminina. Eu tenho chance de ganhar o ouro no feminino, então é melhor esperar e ir atrás disso depois. Para ser uma pilota no quarteto, eu teria que passar mais tempo dirigindo nessa categoria do que no feminino, o que afetaria minha preparação. 

Nesse ciclo olímpico você conquistou dois títulos mundiais na disputa feminina do bobsled. Você acredita que vive a melhor fase de sua carreira? Por quê?
Eu aprendo sempre mais quando desço em uma pista de bobsled e eu finalmente estou em um momento da minha carreira em que estou disposta a aprender e consigo fazer isso. É o mais importante: imaginar coisas novas todos os dias. Dessa forma, eu definitivamente estou na melhor fase da minha carreira. 

A morte de Steven Holcomb surpreendeu a todos no mundo esportivo. Como a equipe norte-americana de bobsled reagiu com a notícia?
Choque. Eu ainda acho que estamos em estado de choque. Eu estou muito triste, mas a cada dia tento dar um passo a mais e continuar em frente. Ninguém substituirá Steven. Nós temos que nos juntar como família para superar isso, mas levará algum tempo para curar. 

Você planeja competir em outra edição olímpica após os Jogos Olímpicos de PyeongChang? 
Eu amo o bobsled e quero competir o máximo que puder. Eu definitivamente espero competir nos Jogos Olímpicos de 2022, mas também quero começar uma família após PyeongChang - então, vamos ver como as coisas irão caminhar. Após 2018, porém, eu planejo competir mais no 4-man, o que me deixa muito empolgada! 

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