Lições

Isadora Williams não era a esperança brasileira por bons resultados na patinação artística à toa. Medalha de bronze no Golden Spin, na Croácia, 16ª colocada no Mundial Júnior no ano passado, tudo a credenciava a terminar entre as 15 melhores do mundo na categoria júnior nesta temporada. 

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Mas grandes resultados sempre vem acompanhado de grandes lições e a brasileira aprendeu uma que nenhum atleta gosta, mas que faz parte da carreira de qualquer: existe espaço também para derrotas e decepções. 

Isadora (Arquivo Pessoal)
Nesta sexta-feira ela competiu no programa curto do Mundial Júnior. As 24 melhores avançavam para o programa longo, que será disputado no sábado e definirá a grande campeã. Isadora não conseguiu desenvolver sua melhor apresentação. 

Com 38.57 pontos, ela ficou na 26ª posição e já se despede do Mundial Júnior em Milão, na Itália. No elemento técnico ela conseguiu 20.54 pontos, que foi somado ao 18.03 pontos nos componentes do programa. Samantha Cesario, dos Estados Unidos, foi a melhor com 54.69 pontos. 

Não que a classificação dela tenha sido ruim. Terminar entre as 26 melhores do mundo e ficar na frente de outras 19 atletas que competiram é um feito para um país sem incidência de neve e onde a patinação artística no gelo é visto apenas como lazer em estacionamento de Shopping. 

O problema é que todos nós sabemos do que Isadora é capaz. Aliás, a própria atleta sabe o que pode render e não escondeu o desânimo com sua performance. Veja o que ela escreveu em sua página no Facebook: 

"Terminou agora pouco o programa curto no Mundial Junior em Milão, o grupo foi de 45, um grupo bom e muito forte, os 24 primeiros lugares foram para s finais. Fiquei no 26 lugar, estou decpicionada com o meu resultado, deixei o nervosismo me dominar e não patinei ao meu potencial, os meus treinos antes da competicão foram muito bons e isto me da um balanco muito positivo do que eu sou capaz. Agora e voltar aos treinos na semana que vem e colocar toda a minha energia no Mundial. Obrigada a todos pela torcida!!!!" (sic). 

É melhor para ela levantar a cabeça e não tentar achar explicações. Num dos comentários ela afirmou que é fato que atletas de países sem tradição na modalidade começam com uma nota baixa nos componentes do programa. A reclamação é válida. Vale lembrar o caso de Nayara Figueira e Lara Teixeira no nado sincronizado em Londres-2012. A nota recebida por elas ficou aquém da apresentação feita. 

Mas a questão é que isso não levará a nada, infelizmente. Todos nós sabemos do talento da brasileira. O importante é bola para frente e muito treino, pois daqui alguns dias ela já estará no Mundial Sênior, em busca de uma vaga olímpica para o Brasil. O show deve sempre continuar! Siga em frente, Isadora. O Brasil  inteiro torce por você. 

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