De volta!

Equipe brasileira no Mundial da FIRS em 2013 (Reprodução)


Está lá, no site da IIHF, para quem quiser ver e conferir: a equipe brasileira de Hóquei inline estará de volta ao Mundial da entidade no ano que vem. Brasil ficou com a vaga da Argentina, rebaixada no ano passado. 

O Mundial acontecerá entre os dias 1 e 7 de julho de 2014 em Pardubice, na República Tcheca. O Brasil foi o único país inscrito na classificatória entre os países fora do continente europeu. Dessa forma entra na disputa da Divisão 1, no Grupo D, ao lado de Hungria, Japão e Áustria. Letônia foi o país europeu que ficou com a outra vaga (no lugar da Bulgária). 

E o que isso significa, afinal de contas? O blog não falaria apenas de esportes de inverno? 

Sim, e para surpresa de muitos isso influencia, e muito, nas modalidades de gelo. O retorno do Brasil em torneios da IIHF (Federação internacional de Hóquei no Gelo) mostra que a briga (ou confusão) que envolvia associações de hóquei inline e a CBDG chegou ao fim e a modalidade está pronta para crescer por aqui. 

Para entender isso, vamos voltar um pouco no tempo: hóquei inline é praticamente a variação do hóquei no gelo para as quadras, com praticamente as mesmas regras. 

Dessa forma, na década de 80 ainda surgiu uma Confederação Brasileira de Hóquei no Gelo, justamente para desenvolver o hóquei inline, essa variação que também é regido pela IIHF. O Brasil logo ganhou destaque. Medalha de ouro na Divisão 1 em 2007 e teve seis medalhas entre 2003 e 2009. 

O fato é que esportes de gelo, aqui no Brasil, são regidos pela CBDG (Confederação Brasileira de Desporto no Gelo) e em 2010 a entidade passou a ser o responsável pelo desenvolvimento do hóquei no gelo e, consequentemente, do hóquei inline. 

Mas por diversos fatores que merecem outro post para serem explicados, a CBDG entrou em atrito com as associações que já existiam no país. Restou a eles disputarem os Mundiais de hóquei inline da FIRS (Federação Internacional de Esportes sobre patins), um pouco menos atrativo, por assim dizer, através da Confederação de Hóquei e Patinação. Foram três anos longe da elite do hóquei inline. 

Pois bem, o tempo passou, a CBDG entrou em crise, passou por intervenção judicial e novas eleições. Esse retorno ao Mundial da IIHF mostra que houve um "acordo de paz" entre a entidade e os adeptos do hóquei inline. 

Mais do que isso: há planos para utilizar a seleção brasileira de hóquei inline e começar a fazer a transição para o hóquei no gelo. O time também participará do Mundial da FIRS e entre eles pretende fazer clínicas no gelo. Lembrando que alguns atletas já possuem essa experiência (aqui em Bauru há o jovem Vítor Turra, uma das revelações da modalidade no Brasil e que ficou um ano no Canadá). 

Um esporte tão popular e com uma comunidade tão apaixonada aqui no Brasil não poderia mesmo sucumbir por problemas burocráticos. Falei ontem da boa fase da patinação artística no gelo no país. Parece que o hóquei no gelo seguirá pelo mesmo caminho.

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