Leandro concede entrevista ao Brasil Zero Grau (Arquivo Pessoal) |
Disse ontem que a ausência de posts no fim de semana tinha um motivo nobre. Pois bem, o Brasil Zero Grau viajou até São Paulo neste fim de semana para conferir de perto a clínica de rollerski com Leandro Ribela e bater um papo com o atleta. Ele viajou nesta terça-feira para a Suécia e só retornará ao país após os Jogos Olímpicos de Inverno.
O relato sobre a clínica, inclusive com a minha tentativa de se equilibrar sobre o instrumento, você verá ainda nesta semana. Logo após o encerramento Leandro gentilmente concedeu entrevista exclusiva e falou sobre a temporada olímpica que já começou neste mês.
O brasileiro falou com a tranquilidade de quem já garantiu a classificação para Sochi. Ao contrário das últimas edições, ele conseguiu confirmar a vaga brasileira no esqui cross-country ainda na temporada passada. Não bastasse isso, ele ainda pôde escolher se participaria de provas de sprint ou distance nos Jogos do ano que vem.
Dessa forma, escolheu as provas mais curtas de sprint e pôde se planejar com uma antecedência incomum para o histórico brasileiro. Traçou todas as metas e viagens. Definiu todos os tipos de treinamentos e sabe que não precisa correr mais: basta se preparar para chegar 100% fisicamente na Rússia.
No Brasileiro (Fernando Aranha/CBDN) |
A viagem até lá, porém, terá duas escalas. Leandro Ribela ficará dois meses na Suécia, onde participará de quatro provas de cross-country. Depois disso viajará para a Áustria, para treinar na mesma altitude da pista de Sochi (1412 metros acima do nível do mar).
E antes de viajar para Rússia ele ainda participará de uma etapa da Copa do Mundo de Cross-Country - a primeira oportunidade na sua carreira e que servirá para colocá-lo entre os melhores da modalidade.
"Será a primeira experiência em Copa do Mundo, então estou animado com essa oportunidade. É um evento tão grande e tão competitivo quanto os Jogos Olímpicos e a ideia é essa: gerar um estresse e não só comparar com os melhores, mas saber como vai ser a estrutura com a parte técnica, pois é diferente das competições menores que já estamos acostumados".
Ski na Rua
Só depois disso tudo ele retornará ao Brasil e voltará a treinar as crianças do Projeto Social Ski na Rua. Criado em julho de 2012, o projeto já conta com 15 garotos entre 9 e 21 anos e tem um plano de crescimento a partir de março do ano que vem."Nossa ideia é abrir um novo grupo de interessados com até dez meninos. Ano que vem podemos trabalhar até com 25 garotos no primeiro semestre. Mas estamos abrindo os grupos aos poucos, de acordo com a demanda e com o apoio que a gente tem. Não queremos crescer de forma desestruturada. Temos que ter estrutura para continuar servindo mais coisas e melhor serviço para eles".
Até porque com um ano e meio de trabalho o Ski na Rua já começa a colher seus frutos. Três atletas que começaram em julho de 2012 já participaram do Campeonato Brasileiro de Cross-Country em agosto deste ano e os jovens também sonham em disputar alguma edição dos Jogos Olímpicos de Inverno. A inclusão social através do esporte forma cidadãos e atletas em qualquer modalidade.
Confira abaixo a entrevista exclusiva com o atleta Leandro Ribela:
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