Dentro das expectativas

Jaqueline Mourão durante sua prova (Reprodução)

Leandro Ribela e Jaqueline Mourão não são novatos no esqui cross-country, mas nesta terça-feira, em Sochi, viraram aprendizes novamente. Acostumados com provas de distance, acabaram disputando as provas de sprint por conta do estilo livre. Foi a primeira vez que atletas brasileiros disputaram esta categoria nos Jogos Olímpicos.

Claro que houve uma preparação durante o período de classificação. Leandro, por exemplo, só participou de provas de sprint na última temporada. Jaqueline também intercalou bem com as provas de biatlo. O resultado disso só poderia ser uma patinação segura, sem erros, e com um desempenho semelhante ao que o Brasil conquista na modalidade. 

Jaqueline ficou na 65ª posição dentre as 67 competidoras que terminaram a prova com o tempo de 3min02seg83 e ótimos 242.73 pontos FIS. Na bateria final, o ouro ficou com a norueguesa Maiken Falla, seguida pela compatriota Ingvild Oestberg. O bronze foi da eslovena Vesna Fabjan. 

"Foi uma prova muito desafiadora pra mim, que sou atleta de longa distância. Mas como sou líder do ranking, tanto de velocidade quanto de longa distância, a gente decidiu por colocar o Brasil pela primeira vez em uma prova de velocidade. Foi bom, dei tudo o que pude e saio satisfeita", comentou Jaqueline Mourão no release divulgado pela CBDN.

Leandro teve uma colocação melhor. Foi o 80º num total de 85 atletas que terminaram a prova. Ele fez o tempo de 4min21seg12 e conseguindo 303.93 pontos FIS. Também dentro da boa média que ele vem alcançando nas últimas provas. Devemos considerar ainda que a prova foi nos Jogos Olímpicos. O fato por si só eleva o nível e a dificuldade. Além, é claro, do índice ser a pontuação FIS e não a posição ou resultado do atleta.

Na bateria final o vencedor foi Ola Hattestad, da Noruega, garantindo dobradinha dourada para o país. O sueco Teodor Peterson ficou com a prata seu compatriota, Emil Joensson, foi o bronze. Aliás, um exemplo de superação. Machucado, ele ficou no pelotão de trás e praticamente desistiu da prova. Entretanto, nas últimas curvas, três rivais que estavam à sua frente perderam o equilíbrio e caíram, abrindo espaço para a medalha.


"Estou muito feliz com a minha prova. Meu objetivo era conseguir alcançar o máximo do meu esforço físico e mental durante a prova e eu consegui. Cheguei no meu limite. Na parte técnica, fiz uma prova muito boa, dentro do que eu tinha planejado, e psicologicamente estava muito focado. Então estou muito satisfeito com a minha participação na prova", afirmou o atleta. 

Satisfeito, Leandro já se despede da sua segunda participação olímpica. Jaqueline, entretanto, terá mais uma prova de biatlo no próximo dia 14, no individual 15 quilômetros. O Brasil Zero Grau ficará de olho nos brasileiros.

Boas notícias

E a terça-feira quis reservar mais boas notícias. Saiu no Sportv que a atleta Lais Souza começa a diminuir a dependência de aparelhos para respirar e demonstra sensibilidade em algumas partes do corpo. De acordo com as informações, ela consegue mexer os ombros e tem sensibilidade em parte dos braços e dedos. 

Uma evolução considerável, sem dúvida, apesar do quadro clínico ainda ser grave e o neurocirurgião que cuida da atleta informar que isso não é sinal de que ela poderá recuperar os movimentos em breve. 

O importante é que a brasileira tenha todo o apoio médico e psicológico neste momento difícil. Ela realiza fisioterapia motora e respitarória e terapia ocupacional. Os médicos ainda irão implantar tratamentos de reeducação da medula, alguns até ousados, como o robô que colocará a atleta de pé para forçar os músculos a mexerem ou ainda um transplante de células nervosas, o que já foi pedido pela equipe médica (necessita de autorização do governo norte-americano). 

Lais sofreu o acidente no dia 27 de janeiro, dois dias antes de confirmar a vaga olímpica. Ela esquiava livremente em Park City, nos EUA, e passou duas semanas no Hospital Universitário de Utah. Ela passou por cirurgia que realinhou a coluna e fez uma traqueostomia e gastrostomia. Semana passada a transferiram para o Hospital Jackson Memorial, em Miami, onde ela ficará mais perto do médico Antônio Marttos Júnior, do COB. #ForçaLais

No esqui alpino

Chiara Marano competiu hoje em uma prova de slalom gigante em Veysonnaz, na Suíça. Um dia após bater seu recorde pessoal, a brasileira esperava manter o bom rendimento novamente.

Mas não conseguiu. Ela não completou a segunda descida e ficou de fora da classificação final. A vencedora foi a suíça Andrea Ellenberger com 2min02seg21. 

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