No topo do continente

Jhonatan Longhi foi o segundo sul-americano (Reprodução/Facebook)

Quatro anos após enfrentarem dificuldades em Vancouver, a equipe de esqui alpino do Brasil entrou em Sochi disposta a dar a volta por cima. Um dia após Maya Harrisson conquistar o melhor resultado do país no evento na disputa do slalom gigante, foi a vez de Jhonatan Longhi entre os homens conquistar um ótimo resultado.

Ele participou da prova de slalom gigante e ficou na 58ª posição, com o tempo acumulado de 3min06seg72 e uma boa marca de 115.39 pontos FIS. O ouro foi do norte-americano Ted Ligety, com 2min45seg29. A prata e o bronze foram para os franceses Steve Missilier e Alexis Pinturault, respectivamente. 

Ele sabe que poderia render mais, porém basta dar uma olhada na classificação para notar o verdadeiro feito conquistado pelo atleta. Jhonatan foi o segundo melhor atleta da América do Sul, algo inédito para o Brasil numa competição de grande porte. 

Ele ficou atrás apenas do argentino Cristian Simari Birkner, que ficou na 40ª posição. O brasileiro ultrapassou dois argentinos, dois chilenos e um venezuelano que não conseguiram completar uma das duas descidas do programa. 

Durante a prova (Reprodução/Facebook)
O brasileiro se beneficiou das péssimas condições da pista, que derrubaram muitos atletas. Ele optou por fazer uma prova segura a fim de completá-la - quatro anos atrás ele não conseguiu cruzar a linha de chegada - e atingiu seu objetivo. Teve o mérito de enxergar a melhor descida e arriscar no momento certo. 

"A pista estava ruim por causa do calor e neve úmida. Eu tentei esquiar o meu máximo, mas cometi alguns erros e terminei somente por meu País. Hoje está muito quente e eu não gosto de esquiar assim. Prefiro a pista gelada", comentou o atleta pelo release da CBDN.

Ficar na frente da Argentina e Chile é sintomático porque esses dois países possuem mais tradição do que o Brasil no esqui alpino por conta de seus resorts e suas montanhas. Aliás, é nesses locais que a CBDN realiza suas clínicas e campeonatos brasileiros. Uma vantagem e tanto, convenhamos.

Só mesmo um atleta como Jhonatan Longhi para atingir essa marca e conseguir completar a prova em situações adversas. Atleta já experiente apesar dos 26 anos, é respeitado no circuito e dono de uma técnica elogiada em todo o mundo. Conhece tanto a modalidade que se tornou professor de esqui, motivo pelo qual geralmente o chamo de mestre. 

Sem dúvida nenhuma ele já está na lista dos melhores esquiadores de todos os tempos. E pode acrescentar mais um grande resultado: no sábado ele competirá na prova de slalom e promete melhorar seu desempenho. "Meu objetivo no Slalom Gigante era chegar ao fim. Mas no Slalom eu quero obter uma boa classificação", concluiu o brasileiro. Vai com tudo, Mestre.

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