Flávio na última etapa, na Romênia (Reprodução/Facebook) |
Enquanto todos os olhos estavam voltados para os Jogos de Sochi, um brasileiro encerrava na Romênia a sua aventura no luge em pista natural. Você leu aqui, com exclusividade, a epopeia de Flávio Macedo pela modalidade não olímpica e que rendeu boas histórias ao atleta.
Ele já embarcou para o Brasil com a sensação de dever cumprido. Conseguiu atingir todos os objetivos que listou antes da viagem, em dezembro: se aprofundou na modalidade, conheceu as diferentes técnicas do gelo e ainda fugiu das últimas posições.
Na última etapa da Copa do Mundo, disputada em Vatra Dornei, na Romênia, nos dias 17 e 19 de fevereiro, não foi diferente. Mesmo enfrentando dificuldades, conseguiu ficar na 20ª posição dentre os 24 que participaram da Copa das Nações, que reúne os atletas que não ficaram entre os 25 melhores para disputar a descida final da Copa do Mundo. Ele teve o tempo de 1min34seg70 e somou um ponto no ranking internacional. O vencedor da etapa foi o austríaco Thomas Kammerlander, com 1min16seg60.
"O cronograma teve de ser alterado e todos os atletas fizeram apenas uma descida de treinamento. Nesse dia ainda começou a chover e boa parte dos atletas acabaram encharcados na linha de chegada. A temperatura da pista girava em torno de 6ºC a 8ºC e alteraram o planejamento para salvar a pista nos outros dias. Dessa forma a tomada de tempo da classificação se tornou o resultado final da etapa mesmo com a pista derretendo por inteiro. O gelo da pista estava tão mole que dava para fazer raspadinha com ele", comentou Flávio ao Brasil Zero Grau.
Com a bandeira (Reprodução) |
Dono do melhor desempenho brasileiro na modalidade, entre os cinco melhores do continente e na 43ª posição geral da Copa do Mundo, Flávio Macedo fez 26 pontos, ficou na frente de trinta rivais e participou de todas as seis etapas realizadas na temporada - apenas 18 competidores conseguiram participar de todas as provas.
E não para por aí. Ele gostou tanto da experiência que já se prepara para a próxima temporada. Conversou com seu técnico e no retorno ao Brasil trouxe na bagagem o próprio trenó que usava para treinamento. Tirou as lâminas e pegou o adaptador para rodas. Dessa forma, treinará o ano inteiro no asfalto com o mesmo equipamento utilizado no gelo.
Também tentará agregar mais pessoas ao projeto. Garantiu que irá conversar com outros atletas para levar uma equipe completa no fim desse ano: além dele, quer levar uma mulher e uma dupla. É uma forma do Brasil conquistar mais pontos e subir no ranking internacional. É, Flávio se jogou e gostou do que viu no luge em pista natural.
Há a possibilidade de migrar para o Luge Olímpico?
ResponderExcluirOlá Dérek,
ExcluirSempre existe uma possibilidade, mas no caso do Flávio ele próprio não tem interesse. Muitos atletas oriundos de modalidades radicais não tem essa preocupação com os Jogos Olímpicos. Infelizmente, na minha opinião. Mas ter um atleta numa modalidade não olímpica ajuda no reconhecimento do país lá fora, sem dúvida.
Abraços
Faco o street luge e tentei me comunicar com a federacao brasileira de luge no gelo a dois meses e nao tive retorno nenhum ainda...
ResponderExcluirOlá Gabriel, entrou em contato com a CBDG?? Eles estavam com foco nos Jogos de Sochi e vão começar agora o planejamento para o próximo ciclo olímpico. Eles selecionam os atletas através de seletivas. É legal segui-los no Facebook para ficar por dentro das novidades..
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