Alessandra e Raphael conversam durante a estreia (Reprodução/Sarah Lipi) |
É, acho que o curling veio para ficar no ambiente esportivo brasileiro. Após ser a sensação de audiência nos dois últimos Jogos Olímpicos de Inverno por aqui, a CBDG, com seu diretor Marcelo Mello, trabalha pesado para inserir cada vez mais a modalidade neste país tropical abençoado por Deus.
Após o interesse da Federação Internacional de Curling em montar uma pista aqui e do convite para o Mundial de Duplas Mistas, os atletas brasileiros convocados se mexem para tentar representar bem o país no evento. E enquanto Aline Gonçalves e Marcelo aguardam o início dos treinos intensivos, os reservas se entrosam em torneio regional no Canadá.
É o que informa a página do Facebook da Associação Brasileira de Curling. Abrindo um parênteses, acho bacana ver o surgimento de mais e mais associações e entidades voltadas para esportes de inverno. Certamente os poucos, mas fiéis torcedores podem acrescentar muito na organização dessas modalidades por aqui. Não sei quem está por trás da ideia, mas desde já dou os parabéns.
Voltando ao que interessa, Raphael Monticello e Alessandra Regina disputam um torneio regional no oeste canadense com mais de 30 duplas presentes (aliás, eles são os únicos de fora da América do Norte). Pelo que entendi, o evento é o último do calendário regional canadense.
Ontem eles fizeram o primeiro jogo da história como dupla mista e enfrentaram a dupla Don Digbsy e Jacelyn Smith. Os competidores não são fracos: Don é representante do Marpole Curling Club e ele mesmo já participou do torneio amistoso Tankard, que reúne seis equipes do oeste canadense e outras seis do oeste norte-americano.
A falta de entrosamento foi fatal no primeiro end: enquanto os brasileiros ainda buscavam o melhor jogo, a dupla americana abriu 4 a 0.
A partir daí o jogo ficou equilibrado e os times praticamente alternaram pontos nos ends seguintes (lembrando que nas duplas mistas são apenas oito períodos no total). Pelo relato da associação, Raphael e Alessandra mostraram ousadia nas jogadas e conseguiram jogar de igual para igual. Aliás, o momento mais legal, pelo relato, foi o triplo take out da Alessandra na última pedra do jogo. Uma jogada dificílima e que levanta o público presente.
No fim, a derrota de 9 a 5 é o que menos importa neste momento. Da mesma forma que no hóquei no gelo, o importante para o Brasil é estar presente no cenário internacional e atrair torcedores e possíveis parceiros. As vitórias aparecerão no momento certo.
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