Começo de conversa

Reunião entre poder público, Eisstocksport e CBDG (DECOM/PMSCS/Divulgação)

Na sexta-feira de manhã recebi uma mensagem assim que entrei na Internet. "Vamos ter uma reunião que promete muito em Santa Cruz do Sul". Sem maiores detalhes e sem tempo para levantar mais a fundo, resolvi esperar a sequência dos acontecimentos. Até que na sexta à noite o assunto apareceu e os amantes dos esportes de inverno começaram a compartilhar esperança. 

Integrantes do governo da simpática cidade gaúcha se reuniram com membros da CBDG, da Federação Gaúcha de Eisstocksport (veja a fantástica história deles aqui), de escolas de patinação no sul e representantes de entidades empresariais. Em pauta, a construção de uma arena olímpica de gelo no Brasil. 

A construção de uma arena olímpica de gelo por aqui é um pedido antigo de quem gosta e até se aventura a praticar modalidades como hóquei e patinação. De acordo com a confederação, o Brasil possui apenas cinco rinks de gelo fixas no país, mas nenhuma próxima das medidas oficiais (60x30 metros no caso do hóquei e patinação e 5x45 no caso do curling). 

Ao apresentar o projeto para a cidade gaúcha, que já respira esporte de gelo graças ao trabalho dos atletas do eisstocksport, a CBDG quer mostrar que é algo lucrativo. "Queremos mostrar que é possível construir uma pista neste nível em qualquer cidade do país e, em cima dela, criar inúmeras oportunidades de negócios", afirmou Matheus Figueiredo, superintendente da CBDG, na matéria. 

O custo total da obra é estimado em R$ 10 milhões e a manutenção do local custa entre R$ 30 e R$ 50 mil. Entretanto, a entidade acredita que pode financiar através de incentivos privados e públicos e com convênios do Ministério dos Esportes. Além disso, a Federação Mundial de Curling se dispôs a contribuir com uma quantia em dinheiro assim que o projeto saísse do papel. A Prefeitura de Santa Cruz do Sul cederia o terreno e ajudaria a entidade a buscar verba federal e estadual para isso.

Por fim, o espaço ainda teria espaço para restaurantes e lojas (como as arenas mais modernas) e permitiria a criação de escolas de patinação, hóquei e curling e até mesmo a locação para outros eventos. 

A notícia é interessante, mas prefiro esperar. Anos atrás a CBDG também tinha um projeto semelhante em Campos de Jordão, mas ele não saiu do papel. Só vou me empolgar mesmo quando a ordem de serviço para construção for divulgada. 

Mas o bom é que o próprio governo de Santa Cruz do Sul se empolgou com o investimento. "Temos atletas que consolidaram o nome da nossa cidade no exterior como referência na patinação sobre rodas e no eisstocksport. A construção de uma estrutura de gelo no município certamente seria muito valorizada, além de popularizar os esportes no gelo e atrair mídia internacional através de competições oficiais", disse Henrique Hermany, secretário de esportes da cidade. 

Todos já sabem a opinião deste blogueiro. Uma construção de arena de gelo no Brasil resolveria a maioria dos nossos problemas (apesar de que já imagino muitos bairristas criticarem por não estar no eixo Rio-São Paulo) e permitiria um trabalho a longo prazo sem precedentes na história da CBDG, que poderia também cuidar e divulgar esportes não olímpicos, como os batalhadores do Eisstocksport. Vamos aguardar os próximos acontecimentos.

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