Tara Moats voa em busca de espaço (Reprodução/WSJUSA) |
Nos dias 29 e 30 de agosto a cidade alemã de Oberstdorf receberá mais uma série de treinamentos internacionais e competições de Grand Prix no combinado nórdico. Seria mais um evento qualquer, se não fosse por um detalhe: algumas atletas mulheres estarão presentes na disputa.
É a primeira vez na história que o combinado nórdico abre espaço internacional para representantes do sexo feminino. A modalidade de inverno é o último reduto das neves onde apenas homens podem competir.
O penúltimo deles foi o esqui saltos, mas que esteve presente em Sochi-2014 após pressão internacional de algumas atletas que resolveram até mesmo processar o COI! (Aliás, o que rendeu um belo documentário, "Ready to Fly", com a equipe norte-americana).
Por isso que mesmo com este primeiro pequeno avanço, é cedo fazer previsões de quando teremos mulheres em provas internacionais do Combinado Nórdico, modalidade que une o cross-country com o esqui saltos.
Ainda sem espaço, toda uma geração de atletas acabam migrando para uma das duas modalidades. É o caso, por exemplo, de Tara Geraghty-Moats, norte-americana que praticou biatlo ao mesmo tempo em que seguia com treinos de saltos. Ela é uma das principais incentivadoras dessa luta.
"Gostaria de ver um campeonato mundial de combinado nórdico para as mulheres antes de me aposentar, assim como um evento teste de Copa do Mundo nos próximos anos. Isso seria um sonho tornando-se realidade", afirmou a atleta em entrevista ao site da FIS.
O importante é que a resistência inicial foi quebrada e, cedo ou tarde, os dirigentes terão que se mobilizar. Se as mulheres competem no cross-country e no esqui saltos, por que não podem competir na modalidade que une as duas categorias, não é mesmo?
Não vou me alongar mais sobre o assunto até porque ter que discutir em pleno século 21 se a mulher pode, ou não, competir em determinados esportes é ridículo. Vida longa às mulheres do combinado nórdico.
Postar um comentário