Emoções na patinação no gelo

Karolina, nos EUA (Divulgação)

Karolina Calhoun é uma adolescente, mas já passou por tantas situações em sua curta carreira na patinação artística que faz dela uma atleta já experiente. Na lista estão títulos e resultados incríveis, reconhecimento norte-americano e lesões. A última emoção aconteceu nesta semana, em Belo Horizonte: a brasileirinha teve a oportunidade de realizar duas apresentações no Shopping Boulevard entre os dias 19 e 20 de fevereiro.

A oportunidade surgiu ao acaso. Filha de mãe mineira, Karolina sempre costuma passar férias em Minas Gerais. Bastou uma simples troca de telefonemas entre o departamento de relações públicas da CBDG com a direção do Shopping, que possui uma pista de gelo pequena para entretenimento dos clientes. Além disso, a própria Karolina já conhecia a professora responsável pelo espaço por já ter patinado com ela em outra visita no passado.

"A sensação de me apresentar no Brasil é incrível. Estou super feliz, mas ao mesmo tempo um pouco nervosa, pois quero causar uma boa impressão aos meus amigos e familiares. Eles estavam ansiosos em ver uma apresentação minha ao vivo! Queria ter condições de mostrar minha habilidade, mas a pista é muito pequena e o gelo bem diferente do que estou acostumada. Espero muito que gostem", comentou a jovem com exclusividade ao Brasil Zero Grau.

Pode ter certeza que gostaram, Karolina. Até porque o que vimos nos últimos dois dias foi apenas uma amostra do que a brasileira é capaz. Ela é tratada como uma das promessas da patinação nos EUA desde que conquistou o título norte-americano na sua categoria em 2013. De lá para cá colecionou outros feitos, ao mesmo tempo em que algumas lesões impediam de avançar ainda mais na carreira. 

Mesmo assim, com 15 anos, Karolina já está na categoria novice e espera, ainda neste ano, passar para a categoria júnior (tudo feito por meio de testes). Caso consiga, ela já poderá representar o Brasil em competições internacionais, como o Junior Grand Prix e alguns eventos da série Challenger. Além, é claro, de ajudar Isadora Williams na difícil tarefa de encantar juízes ao redor do mundo. 

"A minha evolução no esporte tem sido gradual e constante. Agora, o meu foco maior tem sido nos saltos triplos, algo necessário para competir com os grandes nomes da patinação", admite. 

Assim, ela estará pronta para seguir a evolução gradual que a patinação artística conseguiu no Brasil nos últimos dez anos. Por mais que por aqui não exista rink com medidas oficiais, campeonatos nacionais e até mesmo uma união maior dos patinadores, a modalidade segue avançando em nível internacional. Isadora Williams e Luiz Manella deram um salto gigantesco nos últimos anos, justamente para que Karolina Calhou e tantas outras pudessem surgir e demonstrar todo o talento que possuem. 

"Acho que a tendência agora é só melhorar e esperar que os investimentos sejam feitos para a melhoria das pistas no Brasil. É só o início e quando os brasileiros conhecerem ainda mais o esporte também irão se apaixonar pela patinação e os resultados virão naturalmente", conclui a jovem. 

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