Americanas comemoram um dos gols (François Laplante/HHOH-IIHF Images) |
Pode ser no masculino, feminino, adulto ou infantil. Uma decisão do hóquei no gelo entre Canadá e EUA sempre terá um roteiro inimaginável e com final eletrizante. Dessa forma, não chega a surpreender o desfecho que as duas seleções protagonizaram para o Mundial de Hóquei no Gelo feminino desta temporada.
A competição realizada em Malmö, na Suécia, consagrou a ótima geração norte-americana, dona de cinco dos últimos seis títulos mundiais na categoria, sempre em cima das rivais canadenses. Neste ano, 7 a 5 em uma decisão eletrizante Aliás, em 16 edições do torneio, a final sempre foi entre os dois países norte-americanos, assim como as últimas duas edições dos Jogos Olímpicos de Inverno.
Com tanta tradição e as jogadoras se conhecendo tão bem (a grande maioria participa da Liga Feminina do Canadá, a mais importante competições de clubes para as mulheres), era de se esperar um duelo equilibrado, definido na estratégia e no detalhe.
Entretanto, o que se viu no primeiro período foi um massacre norte-americano. Nem parecia que do outro lado estava a seleção campeã olímpica. Logo com três minutos de jogo Anne Pankowski abriu o placar para os EUA. Jogando com inteligência, as jogadoras aproveitaram o nervosismo canadense e abriram vantagem. Hilary Knight fez 2 a 0 aos 6min38 e Megan Keller fez o terceiro aos 11min aproveitando o powerplay das rivais.
Rebecca Johnston descontou para as canadenses, mas Anne Schleper fez 4 a 1 aos 17min e, quarenta segundos Marie Philip-Poulin fez o segundo gol antes de terminar o primeiro tempo. Faltavam mais quarenta minutos e o placar já estava 4 a 2 para as norte-americanas!
O massacre parecia se confirmar quando Haley Skarupa fez 5 a 2. Seria um passeio semelhante ao que a Rússia sofreu no dia anterior? Não. Com uma marcação mais agressiva, o Canadá mostrou porque é o país mais tradicional do hóquei no gelo. Em inacreditáveis dois minutos a equipe fez três gols e empatou o jogo! Brigette Lacquette, Rebecca Johnston e Caroline Ouellette recolaram emoção na decisão e deixaram tudo indefinido para o terceiro e último período.
Mas aí os EUA novamente aproveitaram o nervosismo canadense. Brianna Decker recolocou as norte-americanas em vantagem com um gol aos 11min42 e Kendall Coyne aproveitou mais um powerplay e fez 7 a 5 na decisão. Nem mesmo a tática arriscada de trocar a goleira por uma jogadora de linha funcionou. A seleção norte-americana soube se defender e assegurar o sexto título mundial para o país.
Não bastasse isso, Hilary Knight foi eleita MVP do campeonato e o país dominou a seleção do campeonato, com três indicações em seis possíveis. Sem dúvida nenhuma esta é uma das gerações mais talentosas dos EUA na história. Mesmo com uma média de idade de 25 anos, esta base conquistou cinco dos últimos seis Mundiais. Resta apenas a medalha de ouro olímpica, que escapou no overtime em Sochi-2014, para a consagração definitiva!
Hilary Knight foi a grande estrela do Mundial (François Laplante/HHOF-IIHF Images) |
Finlândia leva bronze
Momentos antes de EUA confirmarem o título, as finlandesas garantiram a medalha de bronze com uma segura vitória de 4 a 1 sobre a Rússia. Rosa Lindsted, Michelle Karvinen, Linda Valimaki e Karolina Rantamaki fizeram os gols do país nórdico, enquanto que Tatyana Burina descontou para as russas na penúltima partida do Mundial de Hóquei no Gelo feminino.
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