Mundial de Curling de Duplas Mistas começa de olho em 2018

Marcelo Mello e Aline Gonçalves (Divulgação)

Se antes o Mundial de Curling de Duplas Mistas ficava em segundo plano para os torcedores e países mais tradicionais, agora o jogo virou. A edição deste ano do Mundial coloca à prova o status adquirido após a confirmação da inclusão da categoria nos Jogos Olímpicos de Inverno em 2018. 

O Comitê Olímpico Internacional incluiu as duplas mistas no programa olímpico de Pyeongchang no meio do ano passado. Isso fez explodir o número de países participantes no evento: a competição de 2016, que acontece em Karlstad, na Suécia, entre 16 e 23 de abril, conta com a presença de 42 seleções - incluindo o Brasil (veja mais detalhes abaixo). 

A competição terá uma primeira fase até o dia 21 de abril. Já no dia 22 acontecem as oitavas e quartas de final. As semifinais, a disputa pelo bronze e a grande decisão serão no sábado, dia 23.

A disputa das duplas mistas segue praticamente as mesmas regras do curling tradicional, mas tem algumas diferenças importantes. A mais importante, claro, diz respeito ao número de integrantes. Ao invés de quatro competidores, um homem e uma mulher são responsáveis pelos lançamentos e varridas. 

Além disso, os times tem seis pedras (e não oito) e uma delas é pré-posicionada antes do início de cada end - aliás, são oito ends ao invés de dez, o que reduz o "tempo de pensamento" para 22 minutos (período em que a equipe pode conversar e decidir a melhor jogada). Por fim, um jogador é responsável pela primeira e última pedra e o outro deve lançar a segunda, a terceira e a quarta pedras. 

Regulamento

As 42 seleções foram divididas em seis grupos de sete times e cada equipe jogará dentro da chave em turno único - em caso de empate na primeira fase, haverá um tie-break para definir o classificado. Depois disso, os 16 melhores times na classificação geral avançam para as oitavas de final em eliminatórias simples . Os vencedores das oitavas avançam para as quartas e, assim, sucessivamente até a decisão. Os derrotados nas oitavas também se enfrentam em mata-mata para definir o ranking pré-olímpico, que envolve até o 12º colocado. 

Classificação olímpica

O Mundial de Duplas Mistas deste ano e a edição de 2017 servirão para determinar as seleções classificadas para os Jogos Olímpicos de 2018. Apenas oito seleções (incluindo o país-sede) disputarão a competição em Pyeongchang - o que faz a briga ser intensa entre os mais de quarenta países que disputam o torneio na Suécia em 2016. 

Após a disputa final, os doze primeiros colocados do Mundial de 2016 recebem uma pontuação pré-determinada (o primeiro fica com 12 pontos e o 12º com apenas um). No ano que vem acontece a mesma divisão. Assim, as sete seleções que somarem o maior número de pontos nos dois anos carimbam o passaporte para os Jogos de Inverno na Coreia do Sul. 

Participação brasileira

O Brasil participa pelo terceiro ano consecutivo do Mundial de Duplas Mistas e, mais uma vez, com a presença dos atletas Marcelo Mello e Aline Gonçalves. Presentes nas edições de 2014 e 2015, eles ganharam o direito de representar o país novamente neste ano após vencerem o Campeonato Brasileiro de Curling em novembro de 2015, no Canadá. 

A dupla nacional, que já está treinando há alguns dias na cidade sueca, espera melhorar o desempenho dos últimos anos e conseguir brigar para valer por uma vaga olímpica. Nos dois últimos torneios, a seleção brasileira venceu apenas uma partida cada e terminou nas últimas posições. Agora, é preciso brigar, pelo menos, por uma vaga nas oitavas de final para ter chances de ir aos Jogos de 2018.  

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