Michel Macedo pulveriza recordes brasileiros no esqui alpino

Michel Macedo está quebrando todos os recordes brasileiros do esqui alpino (Divulgação/CBDN) 

Uma das estrelas da equipe brasileira de esqui alpino, e favorito à vaga aos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, Michel Macedo quebrou mais dois recordes brasileiros da modalidade ao longo desta semana em El Colorado, no Chile. O jovem participou de seis corridas válidas pela Copa Sul-americana entre 18 e 21 de setembro. 

Michel estabeleceu novas marcas no Super Combinado e no Super G. Agora, ele detém nada menos do que quatro dos cinco recordes nacionais disponíveis no esqui alpino. Na temporada passada ele já havia cravado os melhores desempenhos no Slalom e no Slalom Gigante, categorias mais técnicas. Apenas o recorde do Downhill ainda não pertence ao atleta de 18 anos. 

O destaque ficou para o Super Combinado, em que o brasileiro quebrou o recorde nacional nas duas provas realizadas. Logo na primeira corrida, em 18 de setembro, ele conseguiu a 34ª colocação com 1min53seg52 e 79.52 pontos FIS. O antigo recorde era de 83.17 pontos, estabelecido por Jhonatan Longhi em 2008. O vencedor da prova foi o norueguês Rasmus Windingstad, com 1min47seg03 e 9.79 pontos FIS. 

Três dias depois, Michel voltou a participar de uma prova de Super Combinado e melhorou ainda mais a sua marca. Com 2min40seg69, ele ficou na 17ª posição e alcançou incríveis 50.58 pontos FIS! Marko Vukicevic, da Sérvia, venceu com 2min36seg12 e 16.92 pontos FIS. 

O outro recorde quebrado por Michel Macedo em El Colorado foi no Super G em 19 de setembro. Ele terminou na 23ª posição geral da corrida, com 1min12seg98 e 41.46 pontos FIS no total. O desempenho supera o mais antigo recorde brasileiro do esqui alpino: os 49.52 pontos FIS de Nikolai Hentsch em 8 de setembro de 2006. Jack Gower, do Reino Unido, venceu com 1min10seg66 e 6 pontos FIS. 

No dia anterior, na primeira prova de Super G, o brasileiro foi o 38º, com 1min12seg48 e 70.42 pontos FIS - mais uma marca abaixo dos 80 pontos, limite do índice olímpico nesta categoria. Klemen Kosi, da Eslovênia, foi o campeão desta corrida com 1min08seg40 e 6 pontos FIS. 

"Acho que, no geral, tem sido uma boa temporada. Comecei com os treinos e senti desde o início que estava esquiando bem. Consegui conectar as duas descidas para obter meu primeiro resultado no Super Combinado. Na terça, com o Super G, obtive meu melhor resultado nesta disciplina, então estou bem feliz com isso", comentou Michel ao site da CBDN. 

O atleta ainda encarou duas provas de Downhill entre 20 e 21 de setembro. Na primeira corrida, ele terminou na 41ª colocação geral, com 2min09seg26 e 74.79 pontos FIS (também abaixo do índice olímpico). Vukicevic venceu novamente com 2min02seg52 e 6.03 pontos FIS. 

Por fim, Michel Macedo quase quebrou o recorde brasileiro no Downhill. Com 2min03seg40, ele terminou na 30ª posição e conseguiu 52.89 pontos FIS, a sua melhor marca da carreira nesta disciplina! A melhor marca do Brasil é de 48.89 pontos de Nikolai Hentsch em 2006. Vukicevic conseguiu seu terceiro ouro com 1min59seg24 e 9.28 pontos FIS. 

Essas foram as últimas provas do atleta brasileiro na temporada sul-americana. O balanço não poderia ter sido mais positivo: título nacional, medalhas continentais e recordes quebrados. Agora, ele foca na reta final de preparação para as provas no Hemisfério Norte e para confirmar a vaga olímpica. 

Com esse bom desempenho em provas de velocidade, ele pode até brigar pelo índice A no Downhill e no Super G. Basta ele ter uma média abaixo de 80 pontos FIS e ficar entre os 500 melhores no ranking. Como a lista de competidores é menor, não é impossível sonhar com essa vaga. 

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