Diário de PyeongChang #13 - Victor Santos estreia em Jogos Olímpicos

Victor Santos (Christian Dawes/COB)

Dizem que a primeira vez a gente nunca esquece e certamente esse é o sentimento que Victor Santos teve após deixar a pista do Alpensia Snow Park nesta sexta-feira, 16 de fevereiro. Ele conseguiu finalizar sua participação em sua primeira edição dos Jogos Olímpicos de Inverno após completar a prova dos 15km em técnica livre do esqui cross-country. 

Victor ficou na 110ª posição com o tempo total de 47min09seg9, pouco mais de treze minutos atrás do suíço Dario Cologna, que conquistou o tricampeonato olímpico nesta prova. Nos pontos FIS, métrica que devemos utilizar para analisar seu desempenho, o brasileiro obteve 318.59 pontos, um pouco acima da melhor marca do país na prova (com Leandro Ribela em 2010) 

"Agora sou um atleta olímpico, mas não tenho nem palavras para descrever isso. É a dedicação, o esforço, dar 100% e incorporar os valores do olimpismo", comentou o atleta na zona mista após a prova. 

Durante a prova, Victor Santos tentou controlar o nervosismo de participar de sua primeira edição olímpica. Após a largada e a primeira parcial, Victor tentou imprimir um ritmo mais forte em sua passada e chegou até a ganhar uma posição no trecho. Depois, ele mesmo admitiu que sentiu um pouco de cansaço e precisou dosar melhor a sua prova. No fim, ele foi o quarto melhor latino-americano, atrás do argentino Matias Zuloaga, 100º, do chileno Yonathan Fernandez, 102º, e do boliviano Timo Gronlund, 105º.

"Eu estava nervoso, mas é normal. Nos últimos dois anos eu pensava em Jogos Olímpicos. Acordava, treinava e dormia pensando na Olimpíada. É uma competição diferente, mas é um ambiente legal e dá a oportunidade de estar ao lado dos melhores do mundo".

Com o primeiro objetivo cumprido, Victor Santos sabe que é hora de planejar os próximos passos. O próximo desafio deve ser a abertura do Circuito Brasileiro de Rollerski, evento no qual ele é o tricampeão geral. Aos 20 anos, ele sabe que ainda pode crescer e melhorar mais no circuito internacional de esqui cross-country. 

"Tenho só quatro anos de experiência na neve e apenas nos últimos dois eu treinei sério. É pouco, né? Eu ainda tenho vários objetivos que não alcancei nesse esporte e quero alcançar nos próximos anos. Quero sentir essa sensação de novo de estar nos grandes eventos e melhorar meus resultados", finalizou. 

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