Sergio Mitsuo Vilela é o novo diretor da Federação Mundial de Curling

Sergio Mitsuo Vilela é o novo diretor da WCF
Brasileiro Sergio Mitsuo Vilela posa para foto após eleição (Arquivo Pessoal)

Pela primeira vez na história, um brasileiro vai ocupar um cargo de alto escalão na Federação Mundial de Curling. Sergio Mitsuo Vilela, atleta do Brasil na modalidade, foi eleito por aclamação como o novo diretor do board da entidade. Seu mandato vai terminar em setembro de 2026, o que engloba a realização dos Jogos Olímpicos de Inverno em Milão e Cortina d'Ampezzo, na Itália. 

A eleição foi realizada nesse domingo, 11 de setembro, durante a Assembleia Geral da Federação Mundial de Curling em Lausanne, na Suíça. O brasileiro já seria eleito por ter apenas três candidatos para três vagas disponíveis - restava apenas definir se o tempo de mandato seria dois ou quatro anos. Contudo, a escolha de Beau Welling, que também concorria à vaga de diretor, como novo presidente fez com que o pleito para board ficasse apenas com dois concorrentes. 

Logo na primeira rodada para escolha de presidente, o Beau Welling já teve mais de 47% dos votos. Aí a gente já sabia que seria questão de tempo para ele ganhar. Assim, minha eleição foi simplesmente por aclamação! Estou muito contente e sem palavras para isso (comentou o novo diretor com exclusividade ao Brasil Zero Grau)

Além de Sergio Mitsuo Vilela, o board da WCF também elegeu Helena Lingham, da Suécia, como nova diretora. Eles se juntam ao escocês Robin Niven, com mandato até 2025, e o japonês Toyokazu Ogawa, com mandato até 2023, como diretores. Com apenas dois eleitos, ainda há uma vaga em aberto que pode ser preenchido no ano que vem (ao lado da vaga de Ogawa). 

O Board é o órgão máximo executivo da Federação Mundial de Curling, abaixo apenas da Assembleia Anual. Além dos diretores, é composto pelo presidente e os três vice-presidentes regionais (Europa, Ásia/Pacífico e América). É por meio de suas reuniões que os principais tópicos que envolvem o crescimento e organização da modalidade são debatidos e definidos. 

Eleição de Sergio Mitsuo Vilela mostra força do Brasil nos bastidores

Ter um representante no órgão máximo da Federação Mundial de Curling é apenas o ponto alto da influência e força que o Brasil está conquistando dentro da modalidade. Nos últimos anos, o país se tornou o "queridinho" da entidade, tornando-se uma peça-chave para o crescimento e consolidação do esporte dentro do Movimento Olímpico. 

A evolução do Brasil, que sempre demonstra grande curiosidade e apreço pela modalidade, reforça o crescimento do Curling em outras regiões - o que aumenta o poder de barganha da entidade dentro de uma estrutura esportiva. Sergio Mitsuo Vilela e a CBDG perceberam isso e souberam aproveitar os recursos disponíveis. 

A construção da Arena Ice Brasil, possível graças ao apoio do setor de desenvolvimento da entidade, é apenas a parte mais visível. Além disso, podemos citar a vaga exclusiva para a América do Sul nos Jogos da Juventude de Inverno e a criação do Pan Continental nessa temporada, uma demanda antiga que permite o país fazer mais jogos internacionais. 


Beau Welling substitui Kate Caithness na presidência da WCF

A eleição de Beau Welling, dos Estados Unidos, como novo presidente da Federação Mundial de Curling não chega a ser uma surpresa. Ele já era diretor do Board da entidade há alguns anos. Entretanto, ele conseguiu a maioria absoluta logo na segunda rodada de votações, o que demonstra grande força nos bastidores. 

Assim, o continente americano possui três membros do Board. Além do novo presidente e do brasileiro Sergio Mitsuo Vilela, o canadense Graham Prouse é o vice-presidente para a região, com mandato até 2025, e a também canadense Jill Officer é a representante dos atletas. Ou seja. quatro das nove cadeiras do conselho executivo. 

Porém, a missão de Beau Welling não vai ser fácil. Ele substitui a escocesa Kaith Caithness, que se retira após três mandatos consecutivos (2010-2022), e se tornou exemplo de gestão esportiva. A dirigente mudou o Curling no período. Ela ampliou o interesse dos torcedores, explorou novos formatos, como as duplas mistas, e democratizou a modalidade - 21 dos 69 países membros da WCF se filiarem em sua gestão, quase um terço do total. 

Beau Welling Kate Caithness e Thomas Bach
Beau Welling, novo presidente da WCF, conversa com Thomas Bach, presidente do COI, e Kate Caithness (Celine Stucki/WCF)

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