Brasil conquista dois ouros e um bronze na Copa Europa de Parasnowboard

José Lima, no alto do pódio, com o troféu da Copa Europa de Parasnowboard
José Lima conquista dois ouros na Copa Europa de Parasnowboard (Divulgação)

Foi uma estreia para ninguém colocar defeito. A equipe brasileira de parasnowboard participou da primeira etapa da Copa Europa da modalidade e conquistou duas medalhas de ouro e uma de bronze em três provas de Banked Slalom disputadas. A competição ocorreu em Landgraaf, nos Países Baixos, entre 22 e 25 de novembro de 2022. 

José Lima foi o grande destaque da equipe brasileira com dois ouros na categoria UL (Upper Limb), para deficiência nos membros superiores. Na primeira prova, ele registrou 45seg95 em sua melhor descida. Depois, ele melhorou o desempenho e venceu com 44seg59. O alemão Johannes Bessell foi o segundo colocado nas duas corridas. 

Na disputa feminina, Vanessa Molon também subiu ao pódio em sua primeira experiência na neve. Ela foi bronze na primeira corrida de Banked Slalom na categoria UL com 2min34seg84 - Peggy Martin, dos Estados Unidos, venceu com 48seg34. A brasileira optou em não largar na segunda prova - Martin venceu novamente com 53seg03. 

Além da Copa Europa, os dois atletas da equipe brasileira de parasnowboard também participaram de um training camp nas instalações do SnowWorld em Landgraaf. A atividade foi comandada pelo português Nuno Marques, o Mancha, que foi o técnico do brasileiro André Barbieri nos Jogos Paralímpicos de Pequim, em março de 2022.

Estou super feliz pois consegui diminuir meu tempo e melhorar no ranking. Quero muito ir para os Jogos de 2026 e ter esses resultados são muito importantes. Foram dois ouros e vou me dedicar para conseguir outros bons resultados para o nosso país e para a CBDN que está me dando essa oportunidade! (José Lima)

Atletas são provenientes do Projeto Para Snow

Tanto José Lima quanto Vanessa Molon são provenientes do Projeto Para Snow, realizado pela CBDN em parceria com o Snowland em Gramado, no Rio Grande do Sul. José, inclusive, é um dos organizadores do projeto, enquanto que Vanessa é uma das participantes e está em sua primeira experiência competitiva na neve. 


O projeto surgiu em 2018 para auxiliar no trabalho de desenvolvimento de parasnowboard no Brasil. A ideia era justamente oferecer meios para a iniciação de competidores no esporte, auxiliando na evolução técnica de todos os participantes. Assim, não é mais preciso levar os interessados para sentirem a neve na Argentina e no Chile. 

Depois de dois anos de interrupção por conta da pandemia de covid-19, o Projeto Para Snow retomou os trabalhos presenciais em 2022. As atividades acontecem todos os sábados nas instalações do Parque Snowland, em Gramado. Atualmente, são seis mulheres e cinco homens que participam de todas as atividades. 


O que é o Parasnowboard? 

É uma modalidade paralímpica bem recente. Surgiu em 2005 a partir da iniciativa de um grupo de atletas que buscava incluir esse esporte no cenário paralímpico. Conseguiram em uma década! A estreia nos Jogos aconteceu na edição de Sochi, em 2014, no programa do paraesqui alpino. A partir de 2018, em PyeongChang, passou a ser independente. 

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O Parasnowboard possui três classes distintas. A Lower Limb 1 (LL1) é destinada a atletas com deficiência significativa em uma perna, como amputação acima do joelho, ou deficiência nas duas pernas. A Lower Limb 2 (LL2) envolve competidores com deficiência de menos limitação, como amputados abaixo do joelho. Já a classe Upper Limb (UL) é para deficiência nos membros superiores. 

O Brasil é um dos pioneiros da modalidade e esteve presente nas três edições paralímpicas. André Cintra, o responsável por iniciar o esporte paralímpico de neve no Brasil, competiu nas edições de Sochi e de PyeongChang. Já André Barbieri representou o país na disputa em Pequim, em março de 2022. 

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