Mais um pouco de gelo, por favor... Não, não estou pedindo um drinque. Eu quero um pouco de gelo e de neve no esporte brasileiro. Num país tropical, acostumado com jogos e esportes na praia, há aqueles que se dedicam aos chamados esportes de inverno.
Mas não são aqueles aventureiros que gostam de torrar sua grana em busca de um hobby ou algo para fazer. O papo aqui é sério. Estamos falando de esporte de alto rendimento, de competição pura e simples. Alguns deles, claro, gastam seu próprio dinheiro para realizar o sonho de qualquer atleta: disputar os Jogos Olímpicos.
Sim, eles realmente existem. Nem que para isso driblem a falta de patrocínio, de oportunidades e até mesmo a falta de um clima mais adequado para suas práticas desportivas. Já imaginou se o campeonato brasileiro de futebol tivesse que acontecer na Argentina? Pois bem, essa é a realidade dos nossos heróis gelados.
Mas não esses heróis que voam para os recordes e somam medalhas no peito. O esporte de inverno brasileiro conta com heróis mais humanos, com fraquezas, limitações e até mesmo um ostracismo indigno das jornadas que eles enfrentam.
A ideia deste blog surgiu em 2010, no meu Trabalho de Conclusão de Curso. Na ocasião, consegui conversar com 11 atletas olímpicos de inverno do Brasil e contei suas histórias num livro-reportagem (ainda não publicado, infelizmente). Histórias de medo, limitações e superações.
Com a aproximação de mais uma edição dos Jogos Olímpicos de Inverno, em fevereiro de 2014 na cidade russa de Socchi, o blog sai do papel justamente para resgatar estas histórias e acompanhar a caminhada dos heróis brasileiros. Uma caminhada com vários obstáculos e que dificilmente levará a algum resultado bom, com exceção, claro, do resgate daquela velha máxima do olimpismo: o importante ainda é competir.
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