Convênio assinado

Fabiana e Cristiano (Divulgação)
Os esportes de gelo do Brasil retornam aos Jogos Olímpicos de Inverno após oito anos graças aos esforços quase solitários de Isadora Williams na patinação artística no gelo. Mas a entidade sabe que possui um grupo talentoso de atletas e começa a se mexer para se reerguer novamente. 

Um dos principais passos foi dado nesta terça-feira, dia 1º de outubro. A CBDG assinou um convênio com a Associação Canadense de Bobsled e Skeleton como parte do programa Adote uma Nação, da Federação Internacional e Bobsled e Skeleton (FIBT). 

Bom, nem preciso dizer que o Canadá é uma das potências olímpicas no bobsled e que esse convênio vai acrescentar muito para a modalidade aqui no Brasil, não é mesmo? Pois bem, o acordo indica que os brasileiros terão acesso às instalações de treinos dos canadenses, suporte logístico na temporada e troca de experiências com os profissionais da comissão técnica do país norte-americano. 

"O Canadá já teve vários campeões olímpicos – a equipe feminina de bobsled é a atual campeã olímpica. Para nós, brasileiros, é um referencial bem legal, vai ajudar na evolução das nossas equipes, tanto a masculina quanto a feminina", diz Edson Bindilatti, piloto da seleção brasileira de bobsled no release divulgado pela agência Contrapé de Jornalismo. 

Não é de hoje que o Brasil se aproximou do Canadá no bobsled depois da intervenção judicial e eleição de Emílio Strapasson na presidência. O técnico da equipe brasileira é Cristiano Paes, que mora no Canadá há 11 anos. Fabiana dos Santos, piloto da equipe feminina, está em Calgary desde junho e a equipe inteira irá viajar para lá neste mês. 

O objetivo de tudo isso é tentar encurtar a distância do Brasil para os Jogos Olímpicos de Sochi. Tanto os homens quanto as mulheres competirão em dez etapas no Canadá e EUA de outubro a janeiro - tudo para preencher os requisitos mínimos de classificação (participação em cinco provas, três pistas diferentes e duas temporadas). Até mesmo um campeonato brasileiro de bobsled acontecerá no hemisfério norte.

Mas não basta só isso. Os sete melhores resultados serão somados e o Brasil ainda precisa ficar bem colocado no ranking internacional. "Calculo que vamos ter de ficar entre os 30 primeiros da classificação para garantir a vaga olímpica", continua Edson. 

Mas o convênio é apenas a primeira parte da aproximação entre o Brasil e o Canadá. Em Calgary deve ficar o QG da equipe brasileira, com lugar para morar, treinar e guardar todos os equipamentos (o país já comprou trenós próprios). 

"O próximo objetivo é transformar Calgary na casa do Brasil no hemisfério norte, com escritório, uma casa alugada para acolher atletas em treinamento e um local para guardar o material da CBDG, como trenós e outros equipamentos", confirmou o técnico Cristiano Paes. 

Edson Bindilatti deve embarcar nos próximos dias para o Canadá. O restante da equipe de bobsled deve embarcar apenas no fim do mês, após os Jogos Abertos do Interior. Até porque nesta terça-feira foram abertas oficialmente as pistas de bobsled e skeleton para a temporada, que definirá o retorno, ou não, do bobsled brasileiro nos Jogos Olímpicos.

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