Fernando Aranha carrega a bandeira no Encerramento (Márcio Rodrigues/CPB/MPIX) |
Esse é o prazo estipulado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, ao lado da CBDN, para disputar medalhas nos Jogos Paralímpicos de Inverno. A meta vem acompanhada após o balanço da ótima participação de estreia do país no evento, com os atletas Fernando Aranha e André Cintra.
O objetivo maior em 2014 foi cumprido: fazer com que os dois conquistassem a vaga pelo índice e competissem nos Jogos sem maiores problemas. Não só fizeram isso, como ainda fugiram das últimas colocações - o que já é um feito e tanto.
Agora, porém, o Comitê Paralímpico quer mais. Seguindo à risca o excelente trabalho desenvolvido nas modalidades de verão, a entidade já iniciou o trabalho de longo prazo pensando no bom desempenho que pode obter em provas futuras. Com Fernando, André e muitos outros que deverão surgir no próximo ciclo olímpico.
"Um dos nossos focos será nas modalidades de endurance, como o Cross Country e o Biathlo. Já sabemos, por exemplo, que, nas classes femininas de deficientes visuais, as nossas possibilidades são maiores. O Snowboard Cross é um capítulo à parte, pois a modalidade nasceu agora nos Jogos e nós já temos uma grande experiência no olímpico. Então, também é um esporte que nos interessa bastante", explicou Stefano Arnhold, presidente da CBDN, no release divulgado nesta segunda-feira.
Os próximos passos envolvem estudos científicos e financeiros de viabilidades, além da elaboração de planos de negócios para cada uma das modalidades de inverno que serão escolhidas. As entidades vão detalhar exatamente o que precisam na área esportiva, por exemplo, para o período entre abril de 2014 e março de 2026, para tornar o Brasil um país competitivo nos Jogos Paralímpicos de Inverno.
"Colhemos muitas informações em Sochi. Vamos voltar ao Brasil e planejar tudo. A CBDN e o CPB fizeram pesquisas, entrevistas e trocaram muito conhecimento. Faremos um planejamento de longo prazo. Vamos pensar em PyeongChang-2018, em 2022, em 2026, e traçar um caminho. A expectativa é muito boa", comentou Andrew Parsons, presidente do CPB.
O caminho é longo, sem dúvida, mas os primeiros passos já foram dados e as perspectivas são as melhores possíveis. Se as modalidades paralímpicas de inverno seguirem a mesma organização das de verão, não tenho dúvidas de que o país conquistará medalhas daqui 12 anos.
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