Despedida

Fernando Aranha na sua última prova (Márcio Rodrigues/CPB/MPIX)

Um sonho que parecia ambicioso em julho de 2012 e que se transformou em realidade ao longo dos últimos 18 meses chegou ao fim neste domingo. Acabou hoje a primeira participação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Inverno, em Sochi. O evento também chegou ao fim, com a Cerimônia de Encerramento realizada no período da tarde. 

Responsável por abrir a participação inédita do Brasil, Fernando Aranha também fechou com chave de ouro essa temporada. Ele competiu na prova de média distância 10 quilômetros do esqui cross-country sentado (categoria LW10-12) e novamente conseguiu fugir das últimas posições. 

O atleta foi o 21º num total de 26 competidores que conseguiram terminar a disputa. Teve o tempo de 35min37seg9, quase cinco minutos atrás do medalhista de ouro, o canadense Chris Klebl. A prata foi do ucraniano Maksym Yaroviy e o bronze do russo Grigory Murygin. O também russo Roman Petushkov, que dominou as outras duas provas , ficou em quarto. 

Dois heróis (Márcio Rodrigues/CPB/MPIX)
Na entrevista pós-prova, Fernando admitiu que esta foi sua melhor prova nos Jogos Paralímpicos de Sochi. "Fiquei muito feliz por ter feito dentro do que esperava. Caí menos e consegui alcançar muito mais rápido os que saíram na minha frente. Desta vez, a estratégia foi um pouco diferente. Larguei visando manter uma consistência, e deu certo", afirmou no release divulgado pela CBDN. 

Certamente as três provas ficaram marcadas na memória de Fernando Aranha (da mesma forma que a Cerimônia de Encerramento, quando ele foi o porta-bandeira do país). Aliás, toda a experiência de competir nos esportes de inverno serão marcantes. Ao lado de André Cintra, ele pode bater no peito e dizer que ajudou a começar esse longo projeto de parceria entre a CBDN e o Comitê Paralímpico Brasileiro. E para quem gostaria de competir nos Jogos de 2016, pôde realizar o sonho com dois anos de antecedência!.

"Aprendi e me diverti muito nos Jogos. Fui o primeiro brasileiro, mas, com certeza, não serei o último. O trabalho está apenas começando. Eu acredito que temos muito potencial para desenvolver na neve. Viemos para ver como funcionava. Agora que já descobrimos, vamos treinar para dar trabalho aos outros países", comentou. 

Agora ele terá as merecidas férias com o fim da temporada, mas deve ser por pouco tempo. O trabalho precisa dele para continuar sua evolução natural rumo aos Jogos de 2018!

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