Lais e a equipe médica (Divulgação) |
A brasileira Lais Souza segue evoluindo muito bem em Miami, nos EUA, sob supervisão de uma excelente equipe médica. Mas neste sábado o quadro clínico da brasileira virou notícia por uma campanha no Facebook no mínimo estranha, eu diria.
A página Lais Souza iniciou uma espécie de crowdfunding (aquela vaquinha pela internet) para arrecadar fundos e custear a cadeira elétrica, o tablet especial e até o tratamento médico da brasileira nos EUA. Segundo informações que vi aqui e ali, principalmente no UOL, a campanha seria iniciativa do COB.
A ação é legal, sem dúvida. São equipamentos caros (não vamos entrar na vala comum e achar que o tablet que ela usa e que possui sensor visual é aquele de R$ 300 reais que encontramos em qualquer loja de eletrônicos) e necessários para a melhor recuperação de Lais.
Camisa usada na homenagem em Sochi (Reprodução) |
Entretanto, é inevitável não pensar em uma questão. Todo atleta que compete em nível internacional pelo Brasil possui um seguro justamente contra as lesões mais graves. É algo comum a todos os esportes olímpicos e lembro-me bem de que a própria Lais confirmou para mim, momentos antes de viajar para o Canadá na primeira sessão de treinos, que faltava apenas assinar o seguro-saúde para estar 100% certo a migração para o esqui aerials.
Portanto, ela está coberta por um plano médico. Assim, não pega bem um órgão como o COB querer fazer vaquinha para custear equipamentos de uma pessoa que estava defendendo as cores do país num treino antes dos Jogos Olímpicos. Eu sei que o equipamento é caro, mas é impensável a entidade não ter dinheiro suficiente com tantas fontes de recurso. Basta olhar os comentários na página do Facebook da campanha. Não são poucas as críticas. Se for para a família de Lais quando ela tiver alta e for para Ribeirão Preto, ótimo. Mas isso não está claro neste momento.
Enfim, com polêmica ou não, o importante é cada um ajudar do jeito que pode para que a brasileira saia dessa sem graves sequelas. Tem aqueles que querem ajudar com dinheiro, tem quem ajuda com orações e outros que ajudam com campanhas. Como sempre falo: polêmicas a parte, o importante é ver a atleta se recuperar. Nada mais importa.
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