Jhonatan Longhi durante prova em Sochi (Fabrice Coffrini/AFP/Getty Images) |
Eu já tinha dado a dica antes quando Jhonatan Longhi cogitou se aposentar após os Jogos Olímpicos de Sochi: por que não pensar nele como técnico da equipe de esqui alpino do Brasil? Ele ainda pensou em trocar de esporte e se aventurar no esqui cross (relembre aqui). Mas parece que agora o próprio atleta cogita minha ideia inicial.
Foi o que ele confessou ao Brasil Zero Grau durante a Cerimônia de Encerramento da CBDN, realizada no fim de maio. Premiado como melhor esquiador alpino mais uma vez, o atleta está disposto mesmo a se aposentar das provas, mas quer seguir de perto a delegação brasileira e contribuir para os esportes de inverno.
"Não vou tentar mais o esqui cross. É um esporte muito perigoso. O meu grande sonho é ser treinador. Vou conversar com o Stefano [Arnhold, presidente da confederação] para ver essa possibilidade. Se não der, eu sigo competindo por enquanto", comentou Jhonatan, com exclusividade.
Mesmo com 26 anos, o brasileiro possui o nível 2 de instrutores e professores de esqui alpino. Com esse status, ele já pode treinar qualquer delegação nacional. Mas com essa determinação, certamente ele subirá nessa cadeia.
Mas se ele continuar competindo por mais um ciclo olímpico, Jhonatan pode servir de maestro dentro das pistas. Fábio Guglielmini, Guilherme Grahn e Nathan Alborghetti são apenas três exemplos de grandes esquiadores do país que não chegaram nem aos 20 anos. Com duas participações olímpicas no currículo e dono dos melhores resultados do país na história, Jhonny é peça-chave para o desenvolvimento dos esportes de neve no Brasil. Seja dentro ou fora das pistas.
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