Jogaço

Ao contrário do esporte mais popular do Brasil, onde seus dirigentes sentem em cima da arrogante premissa de que somos o país do futebol, a seleção masculina de hóquei vem protagonizando belos embates no Mundial da modalidade, disputado na cidade francesa de Toulouse. 

Dois dias após empatar em 2 a 2 contra a Colômbia, os brasileiros voltaram à quadra na manhã deste sábado para a partida contra a Nova Zelândia. O jogo definiu quem avançava para brigar pela 17ª posição. Os adversários novamente levaram a melhor, vencendo por 6 a 5, com direito à prorrogação e disputa de pênalti shot. 

Apesar de ter feito 1 a 0 com Emmerich de Souza, o primeiro tempo não foi para o Brasil. A Nova Zelândia pressionou bastante e conseguiu fazer três gols, com Stephen Mawson, Scott Henry e Liam Collard. 

Na segunda etapa, porém, a seleção brasileira voltou com tudo. Logo com 57 segundos de jogo, José Alexandre Guilardi descontou. Mais trinta segundos e Thiago Inácio Ribeiro de Souza empatou. E com 4min14seg, conseguiu virar com Bruno Branco. 

Ao contrário do Brasil no futebol, a Nova Zelândia acordou em vez de se assustar. Antes mesmo dos cinco minutos do período, fez 4 a 4 com Alex Novak, reequilibrando a partida. Os dois times trocavam ataques e, aos 14min47, uma nova virada, dessa vez neozelandesa, com Liam Shields. 

Com cinco minutos para o fim da partida, não restou outra alternativa aos atletas nacionais do que partir para cima. E deu resultado, com Thiago fazendo seu segundo gol no jogo com 1min54 para o fim do segundo tempo, levando à decisão para a prorrogação. 

Nela, os gols não saíram e a vaga foi decidida no pênalti shot, com melhor sorte para a Nova Zelândia, que fez o gol com Sam Hill. 

Dessa forma, a Nova Zelândia enfrenta a Argentina para a disputa da 17ª e 18ª posição. Já os brasileiros enfrentam a Bélgica neste domingo, às 16h no horário local (11h no horário de Brasília), para definir quem fica na 19ª ou 20ª posição. Havia 24 equipes na disputa do Mundial. 


Independentemente da colocação final, o time brasileiro pode voltar da França com a sensação de dever cumprido. Conseguiu retornar ao cenário internacional do Hóquei Inline da IIHF (federação da modalidade no gelo) e fugiu da lanterna no Mundial da FIRS. Pode parecer pouco para uma seleção que no início dos anos 2000 se orgulhava de estar entre as 10, 15 melhores do mundo. Mas é apenas o primeiro passo de uma reconstrução necessária se quiser sonhar com algo mais lá na frente.

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