Brasil realiza sua primeira prova paralímpica de snowboard

André Cintra esteve presente na primeira prova paralímpica de inverno organizada pelo Brasil (Divulgação/CBDN)

Após organizar a 23ª edição do Campeonato Brasileiro de Snowboard - válido também pela Copa Sul-americana da modalidade - a CBDN escreveu mais um capítulo da história paralímpica de inverno do país. A entidade realizou pela primeira vez uma prova internacional de parasnowboard chancelada pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC). 

O evento, realizado em Corralco, no Chile, teve uma prova de snowboardcross na quarta-feira, 6 de setembro e contou com a participação de oito atletas, sendo sete canadenses e o brasileiro André Cintra, primeiro atleta do país a competir em uma edição dos Jogos Paralímpicos de Inverno em 2014, na Rússia. 

A disputa teve cinco classes diferentes - André foi o único representante masculino LL1 (lower limb 1), para amputados acima do joelho. Além do snowboardcross, os oito atletas deveriam participar de uma descida de slalom gigante nessa quinta-feira, feriado de Independência, mas a equipe canadense resolveu cancelar a participação e inviabilizou a prova. 

Mesmo assim, André comemora a primeira prova internacional de snowboard paralímpico na América do Sul. "Foi muito bom fazer a prova, treinar com atletas de outros países. Quando estive na pista, foi muito produtivo, com dia incrível e pouco vento", comentou o rider brasileiro. 

Agora, André Cintra se prepara para a disputa da Copa do Mundo de snowboard paralímpico, que determina os classificados aos Jogos de Inverno de PyeongChang, em 2018. A primeira etapa da competição será em Landgraaf, na Holanda, entre 15 e 16 de novembro. 

Nova geração se destaca no Brasileiro Open de Snowboard

Além da disputa paralímpica, Corralco também foi sede do Campeonato Brasileiro Open de Snowboard entre os dias 6 e 7 de setembro. Disputado por atletas amadores, a competição mostrou a força de uma nova geração de atletas. 

Na categoria infantil, por exemplo, Augustinho Teixeira, 12 anos, e Zion Bethonico, 11, travaram o duelo mais acirrado no snowboardcross. Zion chegou a liderar boa parte da prova, mas viu o rival buscar a reação e garantir a medalha de ouro. "As provas foram boas. Minha bateria foi muito difícil, disputada desde o começo com o Zion. Estou feliz pelo título", comentou o jovem. 

Depois, no slalom gigante, foi a vez de Noah Bethonico, 13, se destacar. Ele levou o título juvenil masculino da prova ao fazer o melhor tempo dentre todas as categorias. Já entre os adultos, o principal destaque foi Renato Mascheretti, que conseguiu a vitória tanto no snowboardcross quanto no slalom gigante no Master B. 

"Neste ano me concentrei mais no boardercross. A pista estava mais técnica e longa. Consegui sair na frente em todas as três baterias e pude administrar durante a prova a vantagem. No slalom gigante, fiz uma primeira volta rápida. Foi super legal rever a galera e espero que a gente se reencontre no ano que vem", concluiu o campeão. 

Galera reunida no Brasileiro Open de Snowboard (Divulgação/CBDN)

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