Lendas do Inverno #4 - Justine Dufour-Lapointe

(Reprodução/Instagram)

O esqui livre moguls faz parte da vida de Justine Dufour-Lapointe, 23 anos, desde quando ela era um bebê. Suas irmãs mais velhas (Maxime, 28, e Chloe, 25) também são atletas de alto nível da modalidade e foram as responsáveis por colocar a caçula no esporte. Desde então, Justine voou: em 2011, aos 16 anos, tornou-se a atleta mais jovem a conquistar uma etapa da Copa do Mundo no moguls. Dois anos depois, aos 18, subiu ao pódio do Mundial, Em 2014, a glória máxima: a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Sochi com sua irmã Chloe conquistando a prata! 

Agora, quatro anos mais experiente, Justine Dufour-Lapointe espera repetir o desempenho nos Jogos Olímpicos de PyeongChang. Para isso, ela confia em seu talento e em sua preparação: neste ciclo olímpico ela manteve-se entre as principais atletas de moguls, com três medalhas em Campeonatos Mundiais. Confira a entrevista EXCLUSIVA de Justine Dufour-Lapointe ao Brasil Zero Grau na seção "Lendas do Inverno":


Quais são os seus objetivos nesta temporada?
O meu principal objetivo para esta temporada será os Jogos Olímpicos de PyeongChang e, claro, conseguir o meu melhor desempenho. Além disso, eu participarei de algumas etapas da Copa do Mundo, mas certamente meu foco será PyeongChang. 

Como está sendo a sua preparação para a temporada olímpica?
Está sendo muito intenso: todos os training camps, todos os treinos que estamos adotando, todas as sessões que estamos adaptando e os treinamentos na neve são voltados para a corrida que iremos fazer nos Jogos Olímpicos de Inverno e para o suporte que precisamos ter para alcançá-la. 

Você mudou, ou pensou em mudar, sua preparação para este ciclo olímpico com o objetivo de alcançar sua segunda medalha de ouro?
O que mudou foi a equipe que me cerca. Meu treinador é diferente desde os Jogos Olímpicos de Sochi. Agora, tenho dois diferentes técnicos. Faz três anos que eu mudei e foi realmente muito bom. Eu acho que é bom para o atleta trocar o jeito que treina. Assim, é possível aprender algo novo, algo diferente e novos mundos. Eu realmente sinto que meu novo treino me faz ser uma melhor esquiadora e me dá melhores condições. As pessoas irão ver minha nova técnica em PyeongChang.

Justine Dufour-Lapointe (Reprodução/Instagram)

Quais desafios você espera encontrar em sua segunda edição dos Jogos Olímpicos?
Eu acho que o segredo dos Jogos Olímpicos é que a segunda edição não será como a primeira. Na sua primeira participação você está lá, mas não pensa muito nisso. Você é tão novo que nem se dá conta disso, mas você está lá e consegue um bom resultado. Na segunda edição você sabe o que espera e eu penso que isso é uma armadilha: saber o que vai encontrar. Nunca será igual a sua primeira experiência. Será algo completamente diferente e, mesmo que você queira fazer igual em outra Olimpíada ou em experiências anteriores, não será a mesma coisa. Uma segunda edição olímpica é em um lugar diferente e você também é uma pessoa diferente do que era quatro anos atrás. Então, eu acho que o desafio é não cair nessa armadilha!

O fato de suas duas irmãs mais velhas competirem em alto nível no moguls ajuda você a melhorar seu desempenho? Como?
Sem dúvida. Competir com minhas duas irmãs me ajuda muito porque desde que eu era criança, desde que eu era um bebê, eu pude vê-las esquiando. Elas realmente me ajudaram a ser uma atleta melhor: eu via duas atletas excelentes e mesmo na academia ou nos treinos nós sempre nos ajudamos, tudo para crescer cada vez mais. Então, nós melhoramos e crescemos juntas. 

Em 2014 você e sua irmã Chloe terminaram nas duas primeiras posições dos Jogos Olímpicos. Acredita que é possível repetir esse desempenho em 2018?
Eu acho que tudo é possível. Nós fizemos uma vez, podemos fazer a segunda vez e até melhor. Eu penso que isso é bonito: agora que tudo é possível, podemos "varrer" o pódio. Nós conseguimos isso dois anos atrás em uma edição da Copa do Mundo. Depois disso, passei a acreditar que sempre será possível. Se nós fizermos nossos trabalhos, é possível. 

Na sua opinião, o que é preciso fazer para conquistar uma segunda medalha de ouro olímpica? Quais são suas maiores rivais?
Eu acho que para conquistar uma segunda medalha de ouro olímpica será preciso focar apenas em mim, no que eu preciso fazer e não em qualquer outra pessoa. Essa é outra armadilha: pensar em alguém diferente. Não, eu penso naquilo que irá me fazer feliz no fim do dia. Nos Jogos Olímpicos eu vou tentar ser eu mesma e me orgulhar do que eu fiz, do que eu conquistei, de levantar e fazer o melhor esqui que eu conseguir e cruzar a linha de chegada sabendo que fiz tudo o que eu poderia fazer. Esse é realmente meu único objetivo e eu penso que é assim que posso ganhar a medalha. 

Quais são os seus planos após os Jogos Olímpicos de PyeongChang?
Eu realmente não sei! Eu me sinto muito jovem, tenho apenas 23 anos. Eu realmente não sei o que acontecerá em seguida. Agora, o meu foco é voltado totalmente para PyeongChang. Não tenho ideia do que acontecerá no futuro. Eu não quero me questionar sobre isso - provavelmente será o meu próximo objetivo, mas agora não tenho tempo para pensar nisso. Eu estou empolgada em ir aos Jogos de PyeongChang. Está chegando rápido e não vejo a hora de estar lá!


Quer acompanhar as novidades de Justine Dufour-Lapointe? Siga a atletas em suas redes sociais: Facebook, Twitter e Instagram. O Brasil Zero Grau também agradece à Dulcedo Management, responsável pela carreira das irmãs Dufour-Lapointe, pelo apoio na entrevista. 

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