Noah e Zion Bethonico fazem dobradinha no Snowboard Cross

Zion e Noah Bethonico Snowboard Cross
Zion, esquerda, e Noah, centro, comemoram feito histórico na Copa Sul-americana de Snowboard Cross (Iván Fuenzalida)

Pela primeira vez na história, o Brasil garantiu a primeira e também a segunda posição do ranking final da Copa Sul-americana de Snowboard Cross. Os responsáveis pelo feito são os irmãos Noah e Zion Bethonico, que se destacaram nas últimas duas provas da competição realizadas em La Parva, no Chile, entre 15 e 16 de setembro de 2022. 

Noah teve o desempenho mais impressionante. Ele simplesmente conquistou a medalha de ouro nas duas corridas realizadas em La Parva. Assim, ele se despede da Copa Sul-americana com três vitórias e um segundo lugar em quatro etapas, totalizando 380 pontos em 400 possíveis. Primeiro título do Brasil desde Isabel Clark. 

Zion, 16 anos, conquistou mais duas medalhas em sua curta carreira - que começou justamente em 2022. Na primeira prova, ele ficou com a prata, atrás apenas de seu irmão. Na segunda, garantiu o bronze - infelizmente a FIS ainda não divulgou os resultados oficiais. Assim, ele alcança 250 pontos e termina com o vice-campeonato no ranking final da competição. 

A dobradinha inédita na Copa Sul-americana de Snowboard Cross premia a melhor temporada do país na modalidade em provas na América do Sul. De quebra, coroa a evolução dos dois jovens, que assumiram a missão de substituir Isabel Clark, maior nome dos esportes de inverno do Brasil que se aposentou profissionalmente em 2018. 

É incrível ver a evolução e desenvolvimento do Noah e do Zion. Noah se consolida como o melhor atleta do continente com apenas 18 anos e com um nível técnico muito alto. O Zion está apenas em sua segunda temporada em provas FIS e já consegue um vice Campeonato Sul-americano andando em um nível muito alto. Ele mostra que tem todo o potencial para se classificar para os Jogos Olímpicos da Juventude e seguir os passos do irmão (Pedro Cavazzoni, CEO da CBDN)

Resultado coloca jovens na Copa do Mundo de Snowboard Cross

Mais do que as medalhas e a dobradinha histórica na Copa Sul-americana, os resultados obtidos por Noah e Zion Bethonico também garantiram duas vagas para o Brasil na disputa da Copa do Mundo da modalidade. É um feito essencial para os objetivos dos dois atletas e da CBDN neste ciclo olímpico. 


Tradicionalmente, o evento continental serve de classificação para o circuito do Snowboard Cross ao longo da temporada. O campeão, inclusive, tem direito a um personal spot. Ou seja, Noah Bethonico tem direito a participar de todas as etapas da Copa do Mundo 2022/2023 se preferir - a vaga de Zion é do Brasil, o que abriria a possibilidade de levar outro atleta, se quisesse. 

Os irmãos Bethonico seguem com os treinamentos na reta final da pré-temporada antes do inverno no Hemisfério Norte. Neste ano, a Copa do Mundo SBX tem oito etapas programadas e deve começar já entre 28 e 30 de outubro em Les Deux Alpes, na França. O Mundial de Snowboard acontecerá em Bakuriani, na Geórgia, entre 19 de fevereiro e 5 de março de 2023.

Quais os próximos passos? 

O resultado histórico na Copa Sul-americana traz confiança, sem dúvida, mas os irmãos Bethonico sabem que terão uma agenda cheia ao longo deste ciclo olímpico. Ambos possuem objetivos bem definidos para os próximos anos, que envolvem tanto os Jogos da Juventude de Inverno, em 2024, quanto os Jogos Olímpicos de Inverno de 2026, em Milão e Cortina d'Ampezzo. 

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Noah é quem tem o sonho mais arrojado: recolocar o Brasil no Snowboard Cross dos Jogos Olímpicos de Inverno. Mesmo com 18 anos, ele chegou relativamente perto dos índices para Pequim/2022 ao marcar 85 pontos FIS - deveria ter pelo menos 100. Agora, mais experiente e consolidado no cenário sul-americano, espera crescer nas etapas da Copa do Mundo nos próximos anos. 

Zion, por sua vez, espera seguir os passos do irmão e foca nos Jogos da Juventude de 2024, em Gangwon, na Coreia do Sul - Noah esteve presente na edição de 2020 e conseguiu o melhor resultado brasileiro na ocasião. Para tentar a vaga, o jovem brasileiro precisa disputar o Mundial Júnior de 2023 e somar o máximo de pontos FIS possíveis para garantir uma cota para o Brasil. 

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